Depois da tempestade, vem a bonança.
Essa frase você certamente já ouviu, de um amigo, quando estava na fossa. Ou então, foi você quem ocupou o lugar de psicólogo instantâneo, e tentou acalmar alguém fazendo uso dela.
Essa frase tem um efeito curioso: ela de fato acalma aquele que está aflito. E eu mesmo já fui muitas vezes aflito e muitas vezes acalmado por ela.
Os problemas são variados. E sobram. Tem aqueles que são passageiros, aqueles que são sofridos, aqueles que já vem com a solução, aqueles persistentes; enfim, uma série de classificações para uma só situação: um dia chuvoso.
Várias são as tempestades. Vão além das convectivas, orográficas e frontais, essas chuvas são bem distribuídas durante todo o ano, o que pode caracterizar uma elevada umidade relativa do (olh)ar, e o índice pluviométrico é alto.
A geografia do humano é mais complexa que a do planeta. Picos e vales, abismos, depressões, enfim, o relevo emocional não é nada plano.
Água mole em pedra dura, tanto bate até que… pouco importa o fim desse ditado, eu quero é ser feliz.
Como estava dizendo, sempre fui acalmado por essa frase. Ao ouvi-la, imediatamente construía um forte em minha mente, como se nada vencesse a certeza dessa tal bonança, nem mesmo a forte tempestade que caía.
O que me acalmava não era o advérbio de tempo “depois”, que me dava a certeza de que aquilo passaria; tampouco a metáfora da problemática com uma tempestade, o que também fazia com que eu já tivesse uma idéia mais forte de efemeridade; o que, de fato, me acalmava, era a palavra “bonança”, a qual eu não sabia – e ainda não sei – o que significa.
Aquela palavra, ali, significava tantas coisas opostas ao momento em que eu estava, que me convencia, mesmo às escuras, de que era algo bom.
Pensei em procurar a palavra no dicionário, imediatamente desmistificando, assim, toda a magia que fora construída por minha mente, mas preferi não.
Minha opção foi a de esperar, para que de forma experimental, eu tente entender a grandiosidade de algo que seca as minhas chuvas, isto é, esperar para viver essa bonança.
Tenho medo dessa hora nunca chegar, ainda estou a espera da descoberta empírica do real significado desse enigma… Por enquanto me seco da forma que posso, entre uma ou outra pancada de chuva, esperando que o tempo vire, e quem sabe, dê até para pegar um solzinho.
Coisa mais linda!!!
Tão dentro de cada um de nós…
Parabens Tiago e Lado B
Muito Obrigado por ter lido, Jussara! Que bom que gostou. Beijos!
O interessante nem é a tempestade e sim que ” quem tá na chuva….” e melhor ainda é saber que tem pessoas que amamos, encarando a tempestade ao nosso lado e “se molhando” junto!
Quando não temos conosco aqueles que andam com guarda chuva, andamos com aqueles que também não se importam de pegar a chuva, e se molharem, desde que seja junto! É isso aí! =)
Tiago é com muito orgulho´que leio suas cronicas, fico feliz pela maneira que você escreve e leve e ao mesmo tempo bem consistente continue nos encantando. Parabéns! Gostei Muito.
Para mim é um orgulho que leia, e goste! Muito obrigado… Beijos!
É isso aí Ti, xomo já lhe disse a estrada que faz chegar lá é esta mesmo. Abrs.
Gildes
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